O Regresso da Serenidade [GR33 - GRZ: BTT Setor 7]
Conselho do autor
Aprecie as paisagens criadas pelas barragens da Bouçã e de Castelo de Bode. Observe as marcas que a exploração mineira deixou na paisagem.
Reserve a sua estadia, experiência e refeição em Book in Xisto.
Resultados da Auditoria RESPONSIBLE TRAILS:
(Última auditoria em Julho de 2020)
Sinalização > 2 - Falta muita sinalização (necessário GPS ou mapa)
Conservação dos caminhos > 4 - Em bom estado de conservação geral mas com zonas pontuais de maior atenção
Conservação geral > 4 - Sem zonas de degradação identificadas
Estruturas informativas > 4 - Bem mantidas e com interesse
Estruturas interpretativas > 2 - Degradadas e/ou sem relevância
Estruturas de apoio e segurança > 5 - Todas as estruturas recomendáveis bem mantidas
Interação com comunidade > 3 - Interação/contactos pontuais com a comunidade
Integração na paisagem > 5 - Perfeitamente integrado na paisagem, explorando pontos de interesse relevantes
Segurança geral > 4 - Apresenta situações pontuais de baixo risco
Tipos de caminhos
Mostrar perfil de elevaçãoPara descansar
Casa do OlivalDornes
Zona Balnear do Trízio
Praia Fluvial de Fernandaires
Moinhos da Ribeira
Informação de segurança
Atenção ao calor no verão e ao piso escorregadio no inverno. Os níveis de dificuldade e tempos apresentados são apenas indicativos. Foram calculados numa base de esforço físico e não contemplam paragens. Faça a sua estimativa analisando os dados técnicos do troço a percorrer.
Recomenda-se a utilização de Gps ou App, pois existem alguns cruzamentos sem sinalização.
Contactos Úteis
SOS Emergência: 112
SOS Floresta: 117
Dicas e sugestões
A Barragem da Bouçã está localizada na freguesia da Graça, concelho de Pedrógão Grande. Foi construída no Rio Zêzere, junto à pequena localidade da Bouçã, a jusante da barragem do Cabril e a montante da barragem do Castelo de Bode. A barragem da Bouçã apresenta uma característica que a diferencia de todas as outras barragens: a descarga de água é efetuada por cima do paredão, provocando uma cascata de água com 63 metros de altura, criando um cenário único e indescritível. Apesar de se tratar de uma albufeira destinada essencialmente à produção de energia elétrica começa a ser procurada para diversas atividades de cariz desportivo e ambiental, como é o caso da pesca, da canoagem, dos passeios pedestres e de BTT. Nas encostas mais expostas a vegetação é marcada pela presença de estevas, giestas, carquejas e tojos.
Geologicamente, esta zona de Figueiró dos Vinhos é constituída por xistos, grauvaques e também alguns quartzitos. Contudo, também o ferro e o ouro, no rio Zêzere, foram explorados com objetivos económicos, de forma intensa, pelo menos desde meados do século XVII, sobretudo na zona da foz de Alge e nesta zona da Prudência, embora haja vestígios de explorações do tempo dos romanos nas conheiras. Uma das jazidas exploradas para prover minério à unidade fabril da Foz de Alge, foi a mina da Ribeira da Prudência, localizada entre as Bairradas e o Vale do Rio, estando a sua história intimamente ligada com a Fábrica de fundição de ferro da Foz de Alge, que no seu tempo foi uma das melhores do país. Das minas da ribeira da Prudência saiu ferro para fundir canhões, peças de artilharia naval e de fortificações militares, pregaria para as naus, canos de espingarda, baionetas, varetas, fechos e folhas de espada, fogões para aquecimento (um dos quais está no Convento de Mafra), alfaias agrícolas.
Com a construção da barragem de Castelo de Bode e a subida das águas da albufeira, transformou-se a paisagem e muito do património de Valbom desapareceu. Se, por um lado, foi uma mais-valia na produção hidroelétrica nacional e nas reservas de abastecimento de água, por outro transformou por completo a paisagem, a fauna e flora e os modos de vida das pessoas que viviam nestas margens. Em pouco tempo, passou-se de um rio relativamente estreito, com alguns vales largos onde se praticava a agricultura, com determinadas técnicas e saberes, para um enorme espelho de água onde as vertentes íngremes das serranias vão terminar e onde se teve de reaprender a cultivar. Os terrenos antigamente chamados de várzeas ou nateiros, terrenos agrícolas quase planos, inundáveis durante o inverno, ganhando assim a lama que os tornava férteis, desapareceram passando a agricultura a ser feita em socalcos, devido ao acentuado declive das novas margens. A própria pesca mudou em virtude da alteração do ecossistema do rio. Onde outrora havia eirozes, trutas, bogas, barbos e bordalos, sáveis e lampreias, há agora carpas, percas e achigãs. Perduram os tradicionais barcos do rio Zêzere, os chamados barcos de três tábuas, ainda usados na pesca e no transporte entre margens.
Dornes é rica em história, património, lendas e manifestações religiosas e uma das mais bem preservadas e características aldeias das margens do Zêzere com uma história que remonta ao tempo dos Romanos. Está soberbamente enquadrada pela moldura paisagística que o rio e as serras envolventes lhe oferecem, com as ruas calcetadas e de traçado medieval, a terminar no rio e no templo de Nossa Senhora do Pranto, um local de peregrinação. Destaque também para as casas de arquitetura tradicional, onde se descobrem testemunhos da Ordem de Cristo que ajudam a contar a história da singular Torre Pentagonal Medieval templária, atalaia defensiva do Zêzere, admirável pela sua esplêndida localização e misticismo e verdadeiro ex-libris desta região. Não pode deixar Dornes sem visitar também a Torre Pentagonal, um exemplar raríssimo da arquitetura militar dos tempos da Reconquista. Edificada por Gualdim Pais, foi construída sobre a base de uma antiga torre romana.
Início
Destino
Itinerário
O percurso segue pela estrada que ladeia o Rio Zêzere, durante cerca de 1400 metros, após os quais entra num caminho florestal, que desce em direção ao rio. Mantendo-se nas proximidades deste durante cerca de 1000 metros, volta a afastar-se para vencer uma pequena elevação, após a qual toma o caminho à esquerda que leva até aos penedos da Prudência e ao local onde as águas da Ribeira com o mesmo nome encontram o Zêzere.
Após atravessada uma pequena ponte sobre a ribeira, o percurso toma o caminho à esquerda e volta a aproximar-se do Zêzere o qual acompanha até à Cova da Eira, local onde se situa uma Estação Intermodal. Aqui segue em direção à ponte, onde atravessa a Ribeira de Alge, contemplando as antigas ferrarias da Foz de Alge. De seguida, sobe pela estrada municipal até à aldeia da Foz de Alge, onde se encontra o Parque de Campismo.
Após o Parque de Campismo, o percurso segue em direção à aldeia do Valbom pela estrada municipal que ladeia o rio Zêzere. Não há alternativas, fruto da subida das águas da albufeira de Castelo de Bode, que mudaram a paisagem nesta região. Algumas centenas de metros antes da chegada a Valbom, o percurso abandona a estrada e toma um caminho à esquerda, que leva até muito próximo da água e à Área de Descanso de Valbom.
Após subir pelo lugar de Valbom, o percurso volta a encontrar a estrada municipal marginal ao Zêzere, aqui Albufeira de Castelo de Bode. A GRZ segue em asfalto pela esquerda em direção ao lugar de Casalinho de Santana e até à Ribeira de Brás. Neste local, e entrando em caminho de terra à esquerda, inicia-se a subida da Serra de São Paulo, lugar de lendas mouriscas e algumas sepulturas visigóticas. Após a descida, o percurso voltará a percorrer uma estrada asfaltada marginal ao rio até chegar à localidade de Dornes.
Após cruzar Dornes, o percurso irá decorrer durante 3 km em estrada asfaltada que progressivamente se vai afastando das águas da Albufeira de Castelo de Bode. Nas proximidades de Vale Serrão, encontra a EN238. Após a sua travessia e percorrer 100 metros na sua berma abandona esta via por um caminho de terra situado à direita. Percorridos cerca de 600 metros encontra-se a Área de Descanso de Vale Serrão.
Nota
Coordenadas
Estatísticas
- 6 Pontos de interesse
- 6 Pontos de interesse
Perguntas & Respostas
Aqui pode fazer perguntas ao autor.
Avaliações
Fotos da Comunidade